Um clássico com todos os ingredientes marcou a final feminina do handebol dos Jogos Sul-americanos Medellín 2010. Brasil e Argentina, eternos rivais em qualquer modalidade, encontraram-se, nesta quarta-feira, dia 24, numa disputa acirrada, que reuniu um estádio lotado, nervosismo, emoção, nervos à flor da pele. No fim, prevaleceu o jogo mais consistente das argentinas, que conquistaram o ouro, com o placar de 22 a 19.
Como não poderia deixar de ser, o confronto começou equilibrado, porém a partir da metade do primeiro tempo, a Argentina abriu vantagem, valendo-se de uma consistente defesa e do constante desperdício brasileiro no ataque. A equipe brasileira parecia nervosa e não se encontrava em quadra. No fim, 12 a 7 para as hermanas. A torcida, que era toda brasileira na primeira etapa, virou de lado e passou a gritar Olé durante as trocas de bola da Argentina. O Brasil não conseguiu se equilibrar novamente e continuou desperdiçando muitas jogadas de ataque. Na base da vontade, a equipe verde e amarela esboçou uma reação, contagiando até o publico presente, que passou a incentivar o Brasil com o grito de "Si se puede". O Brasil encostou no placar. Faltando dois minutos, o placar marcava 21 a 19 para as adversárias. O jogo ficou dramático. Aos 29 minutos, um pênalti para o Brasil. Era a chance real da reação, mas a goleira Valentina defendeu a cobrança da armadora Célia acabando com o sonho da medalha de ouro.
Uma das mais experientes da equipe, Aline Pará era só tristeza após o confronto. "Nos preparamos muito para essa competição, mas acho que falamos demais antes e o campeonato se ganha em quadra. É uma lição. Esta é a primeira competição de muitas das jogadoras. A equipe é jovem e acho que faltou um pouco de experiência. Erramos muitas finalizações. A verdade é que fizemos o nome da goleira argentina. Isso pesou um pouco. Temos que aprender e nos reabilitar", analisou Pará.
Fonte: www.cob.org.br
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